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10 de março de 2016
A Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Indústrias), deu em que o número de procuras e consultas sobre geradores de energia aumentou 40% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Já o número de vendas efetivas subiu 12%.
Empresários do setor afirmaram que tal procura por geradores de energia aumentou depois que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga,
defendeu o uso de geradores próprios por grandes consumidores de energia, a fim de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico.
Essa defesa ocorreu depois dos muitos apagões que deixaram bairros, cidades e estados as escuras diversas vezes,
desencadeado por pico de consumo e notável falha no sistema de transmissão de energia.
O presidente da Câmara Setorial de Motores e Grupos Geradores da Abimaq, Reinaldo Sarquez, teve a palavra:
“O que temos para os próximos meses em termos de soluções para a crise de energia?
Nós temos as fontes eólicas, mas elas ainda não estão conectadas às redes de energia.
Então, a médio e curto prazos, não temos nada melhor do que os geradores de energia”.
Apesar das fortes chuvas sazonais, o nível dos reservatórios que abastecem as regiões Sudeste/Centro-Oeste continua baixo para essa época do ano.
Eventual racionamento e falhas no sistema de transmissão provocariam prejuízos financeiros para a indústria e comércio,
com a perda de produtos estocados ou a paralisação de máquinas.
“Existem empresas, principalmente no setor químico, que não podem parar. Seria uma grande perda.
Imagine também um supermercado, que tem alimentos perecíveis como a carne.
Há necessidade de um equipamento que evite a perda do produto”, afirma Sarquez.
Com a crise de energia, o Ministério de Minas e Energia autorizou as distribuidoras de energia elétrica a comprarem energia excedente de autogeradores, como shoppings e indústrias.
No entanto, o diretor-presidente da ABCE (Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica),
Alexei Vivan, a indústria não tem tido interesse em comprar geradores de energia.
Para ele, os geradores dificilmente atendem toda a demanda de uma grande indústria.
“Em todo período em que há risco de racionamento ou preocupação em relação à possibilidade do sistema elétrico atender a toda a demanda,
há uma tendência natural das empresas se protegerem, comprando geradores.
Então como estamos entrando no período de crise de energia, aumenta a preocupação das indústrias em relação as disponibilidades energéticas e há tendência de maior procura por geradores”, diz Alexei Vivan.
Fonte: Abimaq http://www.abimaq.org.br/ ABCE http://www.abce.org.br/ Ministério de Minas e Energia http://www.mme.gov.br/
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